quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Pedal de Booster - BIG1- Custom Made para Big Gilson

Esse pedal nasceu para atender um pedido do Big Gilson que precisava de algo para aumentar o volume da guitarra em alguns momentos dos shows. Primeiramente recomendei pro Big um MicroAmp da MXR que eu acreditava, resolveria essa necessidade.
Mas aí ele falou que queria algo como o Bomb Booster que alé de booster limpo podia acrecentar um crunchzinho, só que precisava de algo menor e mais leve e nas posições Lead e Crunch com o Drive um pouquinho menor.
Optei por fazer uma customização do Bomb Booster que após pequenas alterações de valores em alguns componentes chaves ficou com o som que o Gilsom estava querendo. Tudo isso foi feito no ProtoBoard que é uma placa para desenvolvimento de circuitos e testes que não precisa nem de solda. Na hora da verdade, para que coubesse dentro da caixinha que eu queria usar, preferi uma placa do tipo PerfBoard, muito utilizada pelos "butiqueiros" gringos. Na primeira imagem dá para perceber que não sobrou muito espaço para os componentes. Tá todo mundo bem ajustado.
Como o cara é guitarrista de Blues, mandei um azul na caixa e batizei em homenagem ao Gilson de "BIG1" que para quem não sabe é o nome que deram para o terremoto que em 1906 arrasou com a cidade de São Francisco.

sábado, 10 de outubro de 2009

MadCat, Clean Driver e DS-1 TriMod. Só isso?!?!!!

Hoje eu recebi um e-mail que me alertou para o fato que a maioria das pessoas desconhece o que eu fiz em áudio antes de começar este blog. Por isso mesmo eu publiquei aqui duas matérias que saíram na Guitar Player sobre tres pedais que projetei quando ainda era sócio da Guitartech.
Até hoje fico sem entender como é que o Bomb Booster ganhou o Premio GuitarPlayer Equipo de Ouro e o MadCat nada...
Além do MadCat (meu xodó) e do Bomb Booster, ainda na era Gladson-in-Guitartech, foram criados os seguintes pedais:
Silver Drive - com timbres de Drive que remetem aos clássicos pedais de overdrive da Boss, Maxon e Ibanez,
Mad Ogro - fuzz com transistores de silício com timbre matador, controles de ganho, tone e volume além de uma chave de compressão
E o raríssimo Fast Rabbit - pedal de tremolo que tinha um booster baseado no Bomb Booster para compensar eventuais perdas quando acionado ou ainda trazer para cara o som da guitarra quando o efeito era acionado, com controles de velocidade, shape da modulação (de onda senoidal a quadrada) e profundidade.
Isso sem contar os mais de trinta distorcedores drivers e fuzz, delay, phaser, chorus e flanger desenvolvidos nos anos anteriores.
Nem sei quantas foram as placas de circuito impresso feitas à mão para protótipos. A maioria descartada porque eu não ficara satisfeito com o resultado final. Isso depois do pré projeto passar pela Proto-Board (é uma placa para testes em que voce conecta os componentes sem precisar soldar).
Para liberar um produto para venda, não basta que ele funcione. Tem que passar pelo meu crivo.
Não somente eu, mas sempre convido pessoas, as quais eu conheço, respeito a opinião, sei que são exigentes e que posso confiar que se não ficar legal me dirão sem vacilar.
Veja o caso do MadCat. Duas pessoas foram cruciais para o timbre final. Os guitarristas: Marcelo Coelho pela percepção do potencial do timbre e Léo Amuedo pela paciencia com que me suportou horas de testes para os ajustes finais (Só quem conhece sabe o quão exigente é o Léo Amuedo).
Detalhe, Amuedo ainda possui o seu MadCat ,que se não me engano, foi o primeiro que eu montei e que sequer é silkado, mas sim pintado à mão pelo próprio Amuedo.
Esperem com paciência pois creio que valerá a pena.
Mas saibam isso; nunca paro de estudar, nem de pesquisar, tão pouco de experimentar.
Inevitavelmente novidades virão. Estejam preparados.

Matéria publicada na GuitarPlayer em julhjo de 2005

Matéria publicada na GuitarPlayer em janeiro de 2005

domingo, 20 de setembro de 2009

Atenção bluzeiros de plantão! Big Gilson demonstra pedais MadLab

Estava vendo as mensagens que tinham chegado quando me deparo com um e-mail do Big Gilson me avisando que tinha postado no YouTube um vídeo dele tocando com pedais MadLab .
Tenho que explicar uma coisa - eu sou suspeito para falar do Gilson como guitarrista. O cara é mais que um amigo, é como um irmão. Com razão serei tido por suspeito se disser que ele é o melhor guitarrista de blues do Brasil. Então, que pese a opinião de um dos mais afamados fabricantes de amplificadores do mundo. Dá uma olhada na relação dos endorsers da Marsall Amps: http://www.marshallamps.com/artists/artist_quotes/artist_quotes.asp?quoteId=82
E antes que eu me esqueça, aproveite que está navegando e visita o post dos pedais MadLab na guitarra de Big Gilson. Ah, o pedal Chapolim na verdade é um Clear Drive.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Eu disse "...não pretendo construir amplificadores...)


Era uma vez..

No tempo em que o Gladson ainda era sócio da Guitartech...

Depois da aprovação do MadCat e do Bomb Booster ganhar o Guitar Player Pick Award.
Comeceu a pintar uma certa cobrança para eu fazer meus proprios amps.

Parecia o próximo passo lógico.

Foram tantos os pedidos... Mas, não!!!!
Eu já tinha decidido.
Apregoei em alto e bom som para quem quisesse ouvir.
"Esse negócio de fazer amp não é prá mim."

Deixe-me explicar:
Isso tudo acontecia porque, depois de anos e anos revirando os intestinos de amplificadores de todas as marcas - sejam nacionais ou importados - "Os melhores", "Os mais famosos", " O que Aquele guitar hero usa", fiquei enojado daquilo tudo.
Cara...era tudo muito ruim. Feito prá ser barato. Com peças baratas...
Consequencia: quebra à toa.
Basta olhar de lado que o amp para de falar.
Tocou mais alto? Pega fogo!!!!
Já aconteceu com você? Meus pêsames.
Mas afinal aquilo é indústria.Tem que minimizar os custos para maximizar os lucros!!!!

No meio daquela rotina diária de consertos de coisa-ruim eu passei a associar amplificador com falta de qualidade.
Além do mais, quem era eu para me meter a fazer amplificadores melhores?
Os caras que tinham criado aquelas marcas eram verdadeiras lendas.
Só que eu me esqueci o porquê de alguns nomes/marcas terem se tornado referencias de tibres e sinônimo de amplificador para guitarra
Isso tudo sem contar a falta de tempo que eu sofria naquele momento.

Então, para me lembrar a verdade, um dia, me aparece o Daniel, esse aí na foto, com o pequeno e singelo BASSMAN 1969, e me pediu para revisar a criança.
Depois de trinta anos do seu nascimento, aquele maravilhoso equipamento. ainda estava TODO ORIGINAL.
Eu fiquei chocado. Tudo visto e testado, só precisei trocar os capacitores eletrolíticos ( que tem uma vida útil de 15 anos - os melhores da atualidade) e um de poliéster metalizado.
Agora eu entendia porque os gringos pagam uma "baba" em um "Black Face" ou então em um "Plexi".

Fiquei pensando...Isso é que é amplficador de verdade.
Olha, que um amplificador assim, eu não teria vergonha de construir.

Diz um dito da sabedoria popular que o homem não é pleno se não tem um filho, escreve um livro e planta uma árvore.
Essa é uma lista de coisas Boas, que Permanecem, e que produzem Bons frutos.
Pois eu acho que contruir um equipamento com essa qualidade deveria entrar para essa lista!!!

Quem conhece o meu trabalho sabe que busco incessantemente a excelencia.
Leio, estudo, ouço os amigos, ouço os clientes, sempre procurando fazer melhor do que já estou fazendo. Então tomei uma decisão.
EU O FAREI!!!!!!!!!!!!!!

Agora eu tenho dois problemas:
Primeiro - Toca a testar componentes, montar protótipos, procurar fornecedores e um monte de outros detalhes, até chegar a um amplificador que eu possa colocar a marca MadLab.
Segundo - Com que cara é que vou contar prá galera que eu "VOU SIM, construir AMPLIFICADORES"?!?!?!



quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Link com timbres do DS-1 Boss com TriMod

Recebi a mensagem do Fabricio Baessa dia 6, e só hoje estou postando no Blog.
Fico super sem graça por demorar tanto em um ambiente tão veloz como esse.
É tanta coisa junta ao mesmo tempo... mas achei muito interessante algo que o Fabrício disse:
"Vou aproveitar e te passar um impressão minha sobre o pedal, tipo um review.
Ele é um pedal que a principal função dele, pelo menos aos meus ouvidos, são as linhas de solo. A compressão do ataque na nota e a granulação favorecem isso.
Um dos testes eu gravei com um orange de 15 watts solid state ára ver como ele se comportava. Ele se comportou melhor nas bases nos solid states e melhor nos solos nos valvulados.
Como o pedal teve um ganho de graves, ele poderia ter tido um pouquinho de ganho nos médio-graves também (algo em torno dos 400hz), ia ajudar dar corpo no som sem embolar.
Outra coisa, uma parte bem legal dele, está compreendida bem no final do drive (depois das 3 horas). Ele comprime bastante o som, deixando bem líquido pros solos, e ainda sim limpa com o volume da guitarra para fazer bases. Foi assim que eu preferi ele."
Tem algumas pessoas que eu aprendi a respeitar a opinião, seja pela sensibilidade, acuidade auditiva, ou ainda pelo memorável bom gosto. E uma dessas pessoas é o Fabrício Baessa.
Ah! Quase que esqueço o link:http://www.youtube.com/watch?v=18Xl-Eo4eWY

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Pete Cornish

Meu amigo Marcelo Coelho, fundador da Guitartech, foi quem primeiro me falou de Peter Cornish.
Dizem que gênio é aquele que vê o óbvio. Antes dele, todo músico sabia que o caos dos pedais que ficavam espalhados pelo chão com seus eternos mau-contatos e inesgotáveis ruídos não tinha solução.
Pete Cornish viu tudo aquilo com olhos diferentes.
Perfeccionista por natureza não aceitava a falta de qualidade sempre presente na montagem de amplificadores, pedais, ligações com cabos de baixa qualidade entre outros fatores.
Essa nova visão trouxe "QUALIDADE" ao mundo da guitarra.
Diversos músicos de nome como: Brian May (Queen), David Gilmour (Pink Floyd), Andy Summers (The Police), Steve Harris (Iron Maiden), entre muitos outros, passaram a procurá-lo afim de solucionar os problemas de seus respectivos setups.
Vale a pena visitar o site deste que inaugurou um novo padrão no universo da eletrônica dedicada à musica: http://www.petecornish.co.uk/

Ian Luder, Lord Mayor (prefeito) de Londres

Recentemente estava assistindo um programa de entrevistas e achei o entrevistado muito simpático.
Agora... Ele me lembra alguem que eu conheço...
Só não sei dizer quem é...

Pedaleira do Samuel Rosa

Naquela época chamavam o lugar de Claro Hall.
Aproveitei para tirar uma foto da minha cria antes do show do Skank.
Talvez não dê para reconhecer, mas o pedal que estou apontando é um Mad Cat.

Mais um link com sons do Clear Drive

Muito legais os timbres que o Rafael Sperduto (Guitarra do Playmobille) disponibilizou pra galera.
Depois de ver estes dois links eu fico muito do "pai coruja" com a versatilidade da minha cria.

sábado, 4 de julho de 2009

Link com sons do MadCat e Clear Drive

Muito tempo sem postar nada...
Mas hoje o Vítor ( praticamente meu fiho) me mostrou um video no Youtube que o Léo da Banda Radial fez usando o MadCat, o Clean Drive, um TS-9, e uma fonte da Salisnki FX.
Vale a pena dar uma olhada. http://www.youtube.com/watch?v=FIwN9EYChjE

sábado, 2 de maio de 2009





















ELE VOLTOU!!!!
O MADCAT VOLTOU!!!
Atendendo a pedidos, ameaças, chantagens...

Afinal, o MadLab é o lugar onde nascem os MadCats.

Durante um tempo eu me vi impedido de construir o MadCat.
Um dos componentes utilizados, que era fabricado pela National, foi descontinuado (pararam de fabricar) e praticamente não se achava mais o dito cujo.
Esse componente é fundamental para o timbre característico do MadCat e não admite substituição.
Felizmente encontrei algumas peças que estavam esquecidas no estoque de uma loja em São Paulo. Raspei o fundo do cheque especial e comprei tudo.
Enquanto procuro mais peças em outros distribuidores, toca a produção!!! Ao menos enquanto durarem os estoques...

Vamos às novidades.
Se antes era bom, agora, com caixa em alumínio injetado, ficou muito mais leve!!!!
Se antes era silencioso, a ponto de me perguntarem se tinha algum noisegate, agora com nova blindagem interna, teve um incremento na relação sinal/ruído de 3db. Trocando em miúdos: mais silencioso.

Agora, se voce está tendo um ataque de G.A.S. ("Guitar Acquisition Syndrome" que é aquela vontade doida de adquirir "aquela guitarra", "aquele amp" ou "este pedal") o jeito é entrar em contato através do e-mail: gladson.goes@gmail.com .

Mad Abrax

Dois MadCat's
O de cima é o Dimitri - para os íntimos Dimi - um filhote muito louco.
Dimi pratica muitos esportes: infernizar os outros gatos da casa, desfiar o cadarço dos meus tenis, escalar as calças de quem bobear (As garras dele chegam até a pele sim!!!!).
O de baixo está esperando o felizardo que chegar primeiro com disposição de adotá-lo, levá-lo para sua casa, sabendo que será muito feliz com ele.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Recebendo amigos

Ontem, dia 8 de abril, recebi a visita de alguns amigos Ao centro, o André da Banda Strike, que veio pegar o seu já famoso amp Tremendão Giannini que por conta de uma válvula de potencia em curto quase "lambeu" o amp.
À esqueda o Victor e à direita o Léo, ambos da Banda Radial.
O André tava saindo correndo para voltar para Sampa enquanto o Léo o o Victor estavam chegando com um amp Handmade agonizante. Felizmente não era nada muito grave e não precisou ficar internado. A foto dos amps eu vou ficar devendo.

domingo, 15 de março de 2009

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O guitarrista Luís Alexandre estava insatisfeito com o rendimento de sua pedaleira. Então me consultou para saber se seria viável instalar switchs true-by-pass verdadeiros em cada pedal.
A reclamação principal era que como o som do instrumento ia mudando conforme passava pelos pedais, no final da cadeia de pedais a soma das pequenas mudanças ficava insuportável.
A solução proposta foi fazer para o Luís um Looper onde, quando voce desliga todas as chaves, o som passa direto sem receber o colorido adicional de nenhum dos pedais que estão sendo comandados pelo Looper.
Também foram substituídos os cabos de qualidade inferior, que antes o Luís usava, por cabos confeccionados com plugs Amphenol e cabos Belden, os Jacks de entrada, saída e DC dos pedais foram tratados com DeoxIT D5. O resultado final ficou extremamente satisfatório.





O Looper tem uma entrada, uma saída, quatro send/return cada par comandado por seu footswitch e sinalizado por led.

O áudio não passa pela chave DPDT para minimizar os conhecidos mau contatos, sendo direcionados então à relays de alta qualidade, por onde então trafega o sinal de áudio.

Havia a opção de inserir um bufer entre cada cadeia de sinal mas o Luís optou por não faze-lo para colorir o mínimo o som da guitarra. Além do mais ele trabalha com guitarra com eletronica ativa o que reduz muito a impedancia do sinal logo na guitarra.



Aí está o Looper integrado à pedaleira .

São quatro loop's sendo que no primeiro está o Wahmmy e o Phase 90, no segundo os dois Danelectro, no terceiro o Chorus Ibanez e no quarto o DD-3.

sábado, 7 de março de 2009

Lateral do TRI-MOD MadLab


O DS-1 da BOSS.
Resistente.
Bons componentes.
Bem construído
Barato.
Fácil de achar.
E com o TRI-MOD...

TRI-MOD MadLab


TRI-MOD MadLab

Esta é uma modificação para o clássico pedal de distorção modelo DS-1 da Boss/Roland implementada pelo MadLab.
Além do visual onde são substituídos dois knobs (TONE e DIST) para lembrar que os timbres remetem ao das distorções características de renomados amps ingleses, o LED (CHECK) também é trocado por um com maior luminosidade.
Onde havia um "o" no TONE, agora tem um LED que pulsa coforme voce toca a guitarra. À esquerda uma chave com tres posições, cada uma com um timbre próprio .
A primeira posição, para cima, apresenta uma distorção bastante eficiente. Com a chave no centro o timbre é mais dinâmico e rico em harmonicos de segunda ordem como nos amplificadores valvulados. A chave para baixo transforma o pedal em um fuzz com direito a uma tremenda compressão, ainda assim mantendo a clareza do som do instrumento.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Origens do MadLab

Quais os fatores que me conduziram ao profundo envolvimento com a música e a eletronica?

A Banda formada pelos irmãos do meu pai, estudio de ensaio na casa da avó, começar a aprender guitarra aos treze anos, Escola Técnica aos quinze, o primeiro pedal que montei - um distorcedor que o projeto foi publicado na saudosa Nova Eletronica e de autoria do grande Cláudio Cesar Dias Batista, o meu primeiro clone aos dezoito anos. Tocar em: um monte de bandas, pizzaria, gravação de cantores gospel, igrejas, shows, bailes, festa de rua ...

De todas essas experiencias, uma das que me marcou mais profundamente foi travar conhecimento com o Cláudio (Cláudio César Dias Batista - CCDB). Um verdadeiro mestre da eletrônica voltada para a música. Tudo o que aprendi com ele dava um mega-livro.

Outro cara que me impressionou muito foi o Guga Fitipaldi que na época trabalhava com o Toni Pelosi.

Li tudo o que encontrei do que esses caras escreveram. Ainda tenho a coleção quase completa da Nova Eletrônica, assim como as primeiras edições da Musica & Tecnologia de quando ainda era uma espécie de jornal/zine.

Durante esse tempo gastei muita grana montando uma infinidade de protótipos, projetos e bugingangas eletronicas, até que um dia...